PAPO AMARELO – A ORIGEM
Autor: Moacir Torres
Janeiro de 1995, o desmatamento
e a matança desenfreada de jacarés e outros animais assustam as autoridades
governamentais; então eles aumentam o contingente policial nessas localidades.
Nessa nova safra de policiais
designados a proteger os ribeirinhos e as florestas do Matogrosso e da Amazônia,
encontra-se o Capitão Chico, um
paraense com vinte e dois anos, competente, formado em lutas marciais, um dos
melhores elementos da corporação.
Capitão Chico, numa batida para repreender e capturar
alguns caçadores de jacarés que estavam agindo no pantanal vê seu melhor amigo
cair sem vida à sua frente. Então ele fica furioso, e num ato impensado, dispara
contra os dois bandidos. Depois o policial chamou outros companheiros e levaram
os dois bandidos feridos para o hospital mais próximo, onde foram socorridos e
depois encaminhados para a prisão. Enquanto seu amigo já sem vida foi
encaminhado para sua terra natal, onde recebeu um sepultamento com honras
militares.
Depois daquele trágico episódio,
o Capitão Chico, um policial
florestal muito querido pelos ribeirinhos e moradores de Kakinã vilarejo localizado na divisa com a Amazônia, começa a
elaborar um plano secreto, não se esquecendo de nenhum detalhe.
Inspira-se em heróis dos gibis
de sua infância e confecciona uma roupa toda verde e bem diferente, para
impossibilitar o seu reconhecimento junto aos caçadores, madeireiros e
garimpeiros ilegais da região.
A partir daquele instante a
natureza, os animais das florestas brasileiras ganharam um importante e
poderoso aliado, Papo Amarelo, que
passa a defendê-los e a protegê-los.
Para enfrentar seus inimigos, nosso
herói verde utiliza somente os punhos, os pés e a mente, armas essas que são
mais eficazes que qualquer arma de fogo. Assim surge aquele que já é uma lenda
viva entre os índios e ribeirinhos da Amazônia
e do Matogrosso.
FIM..
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